Nossa Palavra – Cadeira Vazia

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A mesma praça, o mesmo banco. As mesmas flores, o mesmo jardim. Taquaritinga mudou pouco nos últimos anos e, a conta, chegou com juros e correção monetária.

No paço municipal, a cadeira já não está mais vazia, agora ocupada pelo vice-prefeito Luiz Fernando Coelho da Rocha. Em seu discurso de posse, a palavra transparência foi empunhada como mantra de condução de ruptura de uma fase.

Todavia, a dúvida, é em relação a prática. Era necessário um choque imediato de gestão. Uma tabela dos gastos, visivelmente, mostrará em quais ralos escorreram os recursos municipais.

Ao invés de trocar o ralo, aparentemente, optou-se por um breve reparo. Pode ser um futuro também de quebra de geração, até porque, é impensável se administrar uma cidade hoje em dia com conhecimento administrativo ultrapassado.

Há riscos e incertezas. O risco está em escolher uma geração que já esteve à frente do comando da cidade, que se apresentará com um certo verniz, mas continuará com ideias passadas. Já a incerteza caminha na ruptura do modelo conhecido -, de apostar em um perfil mais jovem, mas que incorpore uma visão muito pequena de gestão.

A verdade é uma só. Há um enorme vácuo no tabuleiro político local, até porque, nunca nenhuma liderança do passado quis formar um nome forte, fazer um verdadeiro sucessor. Luz atrapalha a vaidade e, mais, pode apagar biografias.

Quanto às próximas eleições, que estão previstas no calendário eleitoral, muito tem sido especulado sobre a candidatura de outsiders.

Dentro desse contexto, se antes as denúncias (judiciárias e da imprensa) contra possíveis ilegalidades cometidas pelos políticos eram mais brandas, hoje não é mais. A máxima de que aqui é cidade pequena, ninguém vê, não funciona mais. A pergunta que fica é: quem com boa intenção vai querer enfrentar esse desafio?….ainda não temos uma reposta, mas ela pode vir de onde menos se espera….

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